Sem perspectiva de chuva significativa, os moradores do Oeste catarinense sofrem com a estiagem. Na região, pelo menos três cidades já têm rodízio no abastecimento de água. Chapecó, o maior município do Oeste, é uma delas. Por enquanto, não há previsão de quando o abastecimento será normalizado.
Na cidade, o rodízio começou no domingo (1°). Em Seara e Maravilha, a medida também foi adotada. O racionamento é feito pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
Em Chapecó, o sistema, neste primeiro momento, atinge 12 bairros.
O motivo do rodízio é a situação dos lajeados que abastecem a cidade. O lajeado São José está praticamente seco, principal manancial da cidade. No lajeado Rio Tigre, a situação é um pouco melhor, mas não para sanar o problema de distribuição de água.
Sem nenhum sinal de chuva, o pedido é para economizar água. Só assim para garantir que todos tenham - pelo menos, por 12 horas, o abastecimento garantido.
Dados técnicos da EPAGRI-CIRAM apontam que o déficit de chuvas se iniciou em junho de 2019, alcançando, nesse momento, alguns índices negativos superiores a 600mm de defasagem, considerado recorde até então.
Este fato tem ocasionado a redução dos níveis de água de quase todos os rios, gerando situação de escassez hídrica, prejudicando os sistemas de abastecimento de água em todo o Estado de Santa Catarina.
Em nota a Casan solicita que o Poder Público Municipal avalie a adoção de “proibição e a penalização de atividades notadamente reconhecidas como promotoras de desperdício de água” em seu território, como: lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras; irrigação de gramados e jardins, entre outros meios de desperdícios.