Realizada até dez de dezembro, a Campanha Mundial de Combate à Violência contra as Mulheres chama a atenção para o aumento dos casos no mundo todo, durante a pandemia.
Os relatos são de desaparecimentos, agressões verbais, físicas e estupros, que muitas vezes acontecem dentro da própria casa da vítima.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que no Brasil, 648 feminicídios foram registrados no primeiro semestre de 2020.
Ainda de acordo com a entidade, a proporção é de um caso a cada sete horas.
No passado, o País ficou em quinto lugar no ranking mundial de homicídios de mulheres, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Foram mais de mil e 300 assassinatos, entre janeiro e dezembro, motivados por violência doméstica ou discriminação de gênero.
As principais vítimas são as negras e as jovens, com idades entre 18 e 30 anos.
Entre os casos de agressão verbal, de cunho psicológico e moral, o número é de 50 mil por ano, sendo que em quase a metade deles o autor é o companheiro ou ex-companheiro.
Os xingamentos, humilhações e agressões se agravaram durante a pandemia, pois muitas mulheres tiveram que permanecer em casa para se proteger da Covid-19 e deixaram de buscar ajuda.
O Brasil possui delegacias especializadas no atendimento de mulheres vítimas de violência e as denúncias também podem ser feitas pelo número 180, a partir de um telefone com linha fixa.
Outras opções, tanto para a linha fixa quanto para o celular, são o Disque 100, do Ministério da Mulher, e o número 190, da polícia.